Vergonha!
Em 8 de janeiro de 2010 o ônibus que transportava a Seleção Togolesa de Futebol foi metralhado pelo grupo separatista Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), após cruzar a fronteira entre o Congo e a província de Cabinda. O motorista angolano do ônibus, o assistente-técnico e o assessor de imprensa morreram e outras nove pessoas ficaram feridas. Entre os jogadores baleados com gravidade estão o goleiro Kodjovi Obilalé, o defensor Serge Akakpo e o meio-campista Serge Gakpe.
A FLEC luta pela independência da região de Cabinda, local rico em petróleo e uma das 18 províncias de Angola, mesmo não fazendo ligação com o território contíguo do país. Os ataques seriam dirigidos ao exército angolano que fazia a escolta da delegação de Togo, que jogaria a primeira fase da Copa das Nações em Cabinda.
Mesmo após os incidentes que aconteceram três dias antes da abertura, a Confederação Africana de Futebol confirmou o início da competição para a data prevista e manteve as partidas do grupo B em Cabinda. No entanto alguns jogadores como Emmanuel Adebayor, do clube inglês Manchester City, afirmaram que a seleção de Togo abandonaria a competição por medo de novos ataques. Alguns clubes ingleses manifestaram preocupação com a situação e também poderiam solicitar o retorno dos atletas.
No dia seguinte, o Togo anunciou que iria se retirar da competição devido ao atentado. O governo togolês inclusive havia exigido o retorno de toda a delegação ao país e alguns jogadores como Adebayor estariam retornando a Europa. Horas depois os jogadores mudaram de opinião e resolveram continuar na competição "em memória das vítimas", conforme anunciou o atacante Thomas Dossevi, do FC Nantes. Mas seguindo a determinação do governo do país, e pela sensação de falta de segurança, Dossevi confirmou que a delegação deve mesmo desistir da competição, onde estreariam em 10 de janeiro contra Gana.
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