Liderado por Maurren, Fabiana e Jadel, Brasil busca ouro inédito em Berlim
Em meio à crise que se instalou no atletismo brasileiro após a confirmação de seis casos de doping, Maurren Maggi, Fabiana Murer, Jadel Gregório e outros 39 atletas chegam ao Mundial de Berlim com a missão de não só melhorar a imagem do esporte nacional como brigar pela inédita medalha de ouro. Embora o caminho até o lugar mais alto do pódio pareça difícil em uma competição recheada de estrelas como Usain Bolt e Yelena Isinbayeva, os reforços de uma campeã olímpica e de um vice-campeão mundial animam o Brasil a fazer história na Alemanha.
Maurren Maggi, Jadel Gregório e Fabiana Murer chegam ao Mundial de Berlim para brigar por pódio
A competição começa na madrugada de sexta para sábado, às 5h (de Brasília), e vai até o dia 23. O SporTV transmite as provas ao vivo.
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Medalhista de ouro do salto em distância dos Jogos Olímpicos de Pequim, Maurren Maggi é grande esperança brasileira na Alemanha. Após entrar para a história ao conquistar o primeiro ouro olímpico individual feminino do país, Maurren tem a chance de chegar a mais uma medalha inédita. Apesar do Brasil acumular dez pódios em mundiais, nunca conquistou o lugar mais alto. Foram cinco medalhas de prata e cinco de bronze.
Depois de Pequim, entretanto, Maurren não alcançou boas marcas. Uma lesão no joelho direito tem preocupado a saltadora, que terá adversárias difíceis em Berlim, como a americana Brittney Reese e a portuguesa Naide Gomes.
- Sei que no Mundial todos que chegam à final lutam pelo título. Eu deixei de fazer algumas competições com o pensamento no Mundial e acho que fiz certo - disse Maurren.
Atual vice-campeão mundial no salto triplo, Jadel Gregório é um dos favoritos em Berlim, mas também tem saltado longe da sua melhor marca (17,66m). No caminho, ele terá pela frente o atual líder do ranking 2009, o português Nelson Évora, e o cubano Yoandri Betanzos.
Fabiana Murer é outro forte nome brasileiro. A russa Yelena Isinbayeva, entretanto, dificilmente deixará escapar a medalha de ouro. Cabe à brasileira lutar pela prata. A boa marca (4,82m) deste ano no Troféu Brasil de Atletismo pode ser um indício de que Fabiana conquistará um bom resultado na Alemanha.
- O salto com vara no Mundial é uma prova aberta, sempre alguém pode surpreender. Mas estou muito bem, os treinamentos em Fórmia (na Itália) foram produtivos - afirmou a brasileira.
Além de Maurren, Jadel e Fabiana, o Brasil também tem chance de se destacar nas seguintes provas: revezamento 4x100m masculino, maratona (Marilson dos Santos), salto em distãncia (Keila Costa) e salto em altura (Jessé Farias de Lima).
Usain Bolt promete espetáculo à parte
Na prova mais emocionante e tradicional do atletismo (100m rasos), a promessa é de um grande espetáculo. O homem mais rápido do mundo, Usain Bolt, tem tudo para repetir o estrago que fez nos Jogos Olímpicos de Pequim, com direito à sua já famosa dancinha.
- Este Mundial é muito importante para mim. Eu procuro estabelecer metas na minha carreira, e esta é a minha meta agora, pois eu nunca fui campeão mundial. Estou pronto para alcançar meu objetivo - avisou Bolt, logo ao chegar a Berlim.
O também jamaicano Asafa Powell e o americano Tyson Gay, entretanto, foram a Berlim com a missão de acabar com a festa do recordista mundial. A briga promete se estender ainda aos 200m rasos, garantindo momentos emocionantes na competição de atletismo mais aguardada após Pequim.
O Estádio Olímpico, onde Owens humilhou Adolf Hitler em 1936, será o palco do Mundial
O palco da festa carrega uma forte bagagem histórica. O Estádio Olímpico de Berlim ficou marcado pela façanha do americano Jesse Owens nos Jogos de 1936. Com o ditador Adolf Hitler na tribuna tentando comprovar a superioridade da raça ariana, o atleta negro deu show e ganhou quatro medalhas de ouro: nos 100m e 200m rasos, no revezamento 4x100m e no salto em distância. Mais de sete décadas depois, os astros voltam ao palco alemão.
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