Usain Bolt começa uma nova era da corrida, sem concorrentes
O que aconteceu no dia 22 de julho de 2008 no Estádio Olímpico de Estocolmo hoje parece impossível: Usain Bolt perdeu. Não porque quis se poupar, como nas eliminatórias dos 100m no Campeonato Mundial em Berlim, mas porque alguém foi mais rápido do que ele. Naquele dia, o jamaicano foi derrotado pelo compatriota Asafa Powell por 0s01 (9s89 a 9s88), na última prova antes dos Jogos Olímpicos de Pequim. Saiu da Suécia sem o sorriso e sem frases marcantes. Desde então, Usain Bolt nunca mais perdeu e deu início a um reinado que, para alguns dos maiores nomes das pistas, ainda vai durar longo tempo.
- Os adversários podem esquecer Bolt. Essa é uma nova era, dominada por ele - afirmou o ex-atleta americano Michael Johnson, hoje comentarista de TV.
Em Pequim, Johnson viu seu recorde mundial dos 200m ser batido pelo jamaicano. Em Berlim, porém, ele chegou a dizer que Bolt não superaria a própria marca, por estar cansado. Errou a previsão, mas arriscou outra.
- Acho que ele tem condições de bater o recorde também nos 400m, se resolver se dedicar à prova - explicou o americano, cujo recorde mundial dos 400m completa uma década na quarta-feira.
Para o também americano Maurice Green, ex-recordista mundial dos 100m, o que mais impressiona em relação a Usain Bolt é o fato de superar seus recordes em grandes eventos.
- Primeiro as Olimpíadas em Pequim, agora o Mundial em Berlim. É fantástico. Eu achava que ele podia bater o recorde, mas ainda assim não acreditei quando vi. Fazer isso em grandes eventos, com estádios cheios, é especial. Você se motiva mais ainda. Não está correndo apenas por si, também está fazendo isso por seu país - disse Greene, cuja marca de 9s79 levou quase uma década para ser superada.
O responsável por bater o recorde de Greene, Asafa Powell viu de perto a evolução de Bolt. Nem parece o mesmo atleta que Powell conseguiu superar no ano passado na Suécia.
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